as paredes que engoliam os gemidos de prazer, nesta noite de chuva choram lagrimas de saudade
o fogão vibra com os urros do céu
a sua chama esta fraca - há pouco gás, escapou
é o meu rádio que compadece ao meu sofrer
noite longa
noite fria
noite intempestiva
esta casa grande, os corredores sem ar, a busca indeterminada por algo que já vi por ali e sei que não mais está.
flagelo escolhido,
dor embebida num prazer estranho,
tudo em mim
me envolvo nu no lençol, como faríamos
vago descalço no chão morto que se suicidou quando não achou mais os teus pés quentes
flutuo na erraticidade do teu abandono
espero a morte que não chega
espero que encontre-a antes de mim
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