quinta-feira, 29 de maio de 2014

Futilidade

E me perguntando de onde viria a futilidade humana fico em dúvida entre tantos balões soltos no ar. Seria o ócio? O vazio interno? O egoísmo? Ingenuidade? A sociedade? Muitas dúvidas entre os sentimentos que impulsionam as ações humanas no seu cotidiano.
À medida que as pessoas preferem ignorar uma realidade que é tão maior do que seu microcosmo, ao qual preferem ficar presos aos seus preconceitos, anseios egoístas, conversas sobre a vida alheia, importunos bestas, reclamações desnecessárias ao se deparar com a realidade diversa que habita o mundo real, onde há luta, dor e suor.

Ou seria eu que a partir de um choque, de um relance que me diria critico à filosofar sobre uma realidade particular que surgira de minha loucura ou insanidade? Ninguém grita socorro, ou ao menos não parece ouvir os gemidos, as orações, as suplicas dos que vivem na miséria alheia à todos que se enclausuraram nas suas bolhas, onde vivem uma magia surrealmente controlada.
As bolhas criadas seriam elas para a individualização das pessoas? Ou não fossem elas criadas e sim impostas para não haver a interação do ser-humano com seu irmão e assim formassem bandos isolados da humanidade, do sentimento de unidade?
Pudera alguém se preocupar com tais questionamentos ou diversos outros que não nos deixam de boca aberta pois não são raciocinados, apenas lidos. Pudera alguém perder o tempo da era da correria, da tecnologia, da era da sagrada modernidade e ciência.  E será esta a propulsora da amnésia da consciência humana? A possibilidade de nos afastarmos cada vez mais em essência do que somos tem se tornado cada vez mais real. Observemos toda as patologias que afligem o século XXI, onde o homem que busca “desbravar” o externo não pode nem se quer conhecer a si mesmo, ignorando sua verdade, sua identidade, sua presença pessoal.

Será que sabemos quem de fato somos nós? A coletivização da personalidade dos indivíduos parece normal ao primeiro olhar, porem ao olhar imparcial, longe das mídias e financiadoras da venda de nossas identidades, seria possível chorar por nós mesmos, se soubéssemos quem somos de fato. Podados diariamente e pressionados para a forma social que nos impõe, somos atrofiados, impossibilitados de descobrir nossas potencias e fraquezas, num mundo onde você não deve mais sentir, apenas seguir para que o mercado não pare, as vendas não caiam e você não passe fome.

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