quinta-feira, 29 de maio de 2014

Incredulidade



Não quero acreditar que foi loucura,
Quero enlouquecer acreditando...
Vou rezar pedindo ...

[que não rasgue mais o peito em vão.]

Vão-se as esperanças planejadas
Vão-se as promessas não faladas
Vão-se as poesias criadas
Vão ser enterradas

[ mais uma vez... ]

E sem ao menos pedir licença,
As chagas que se abriram, arderão...

[não sei por quanto mais...]

A brasa que não virou fogueira
Será apagada de pés descalços...

[Queimará...]

Com direito à apenas um gemido.
Um grito poetizado em letras tortas
que sussurro neste pedaço em branco.
E quem sabe assim, pare de queimar um tanto.
Espero que o Tempo ouça meu suplício
de amar novamente um amor de verdade.

Quem sabe assim o destino não fale tão alto
Quem sabe assim o desatino não pareça tão falso
Quem sabe assim a verdade não fure
Quem sabe assim não vires pedra

Juro que no fundo não sabia,
se soubesse, não seria suicida
se, não teria me jogado.

Quem não costuma acreditar
Quem não queria se entregar
Em um segundo tropeçou
E acreditou...
E se entregou...

Hipócrita de mim mesmo, desisto dos quereres e costumes
aposto não mais nas quimeras,
justaponho meu destino ao que vier.

Espero desde agora...
Sem sofrimentos
Sem amargura
Sem loucura
Sem você...
No entanto, ainda sangro
anestesiado... ferido... calado...

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